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domingo, 1 de abril de 2012

CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO.



        Um fato me chama a atenção:  Papai Noel que só vai aos lares (nem todos) no dia do Natal, nos anos eleitorais aparece com antecedência e frequência,  distribuindo comida, dinheiro, presentes  e outras benesses EM NOSSA CIDADE (principalmente naqueles que não visita na época natalina). Só que desta vez,  ”o bom velhinho” surge de várias formas, alto, baixo, gordo, magro, branco, moreno ou negro, e não necessariamente idoso. Outra curiosidade que me desperta,  é que após o dia da eleição este “papai-noel” pega   as suas “renas encantadas” e desaparece por longos quatro  anos. Metáforas a parte, o certo é que a compra de votos é uma triste realidade em nossa CIDADE.
      Assim como se afirma que o tráfico de drogas só existe porque há quem compre as substâncias entorpecentes, no caso específico da captação ilícita de sufrágio (nome técnico para a compra de votos), esta  só se mantém porque há  eleitores que se “vendem”.
        O que na realidade representa o voto em troca de um exame na Santa Casa, uma enxada, uma promessa de emprego, um consulta médica,  uma mísera quantia em dinheiro, um saco de cimento, uma carona até o médico fora do município, um copinho de pinga no bar, uma ajuda na mudança, ou qualquer outro objeto? Representa o preço da  cidadania e porque não dizer da própria dignidade humana. Para o candidato corruptor, o eleitor não vale mais do que isso, seu “compromisso social” já estaria cumprido, e caso eleito, nada mais deverá a sociedade. Aquele que compra o voto do cidadão, amanhã  venderá o seu diante de interesses espúrios. E ai?. Depois, só restará  esperar os quatro anos de mandato passarem para que se seja possível corrigir o erro.
         Compensa a troca do voto por:  um exame médico ou uma consulta médica,  ou uma cestinha básica que mal dá para sustentar o eleitor por uma semana (e depois vem a fome)?  um fictício tratamento médico feito as presas para atender em um curto período o máximo de “clientes” possíveis? uma pequena quantia em dinheiro que se esvai num piscar de olhos? um servicinho de máquina, um emprego temporário pago com caixa dois e depois pé na bunda; e o que dizer daqueles que não só vendem mas corrompem eleitores para seus candidatos com o objetivo de garantir um “bom emprego”, será que eles esquecem que possuem filhos, netos e familiares que serão vítimas de seus atos?  Concluindo, tudo isso vale a pena diante do efeito decorrente de passar quatro anos de estagnação social, com prejuízos para a educação, saúde, segurança, emprego…
    CIDADÃO CUNHENSE QUANTO VALE O SEU VOTO?
Nenê Policia

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